Eu saia da Rua Direita em um domingo que a cidade estava vazia. O centro é sempre melhor nos finais de semana. A vida passa e a gente consegue perceber. Há poucos casais passeando, alguns turistas conhecendos prédios históricos e suas histórias ou seguindo o roteiro gastronômico da cidade. Não me lembro bem porque estava lá, mas não era por nenhum destes motivos. Talvez um encontro. Não sei. Mas estava. Subi pela Praça da Sé até a João Mendes. Nenhum advogado circulava ali. Eu estava em outros pensamentos, ruminava algo, quando me deparei com a minha espada. Ela estava exposta em um antiquário ao lado de uma velha liraria de esquina que perdura à poluição. Não tive muita certeza, mas parecia a minha espada. Estava um pouco desgastada pelo tempo, com algum zinabre na bainha e escurecida em outros pontos. Seu fio não devia ser mais o mesmo, mas acho que nunca foi afiada a não ser quando foi realmente utilizada. Lembro-me a primeira vez que a vi. Havia um desfile cívico e a antiga guarda
|who the cap fit, let then wear it| BM